#321 Um Muçulmano Considera o Cristianismo

Dr. craig’s response

Estou tão feliz que você esteja considerando a fé em Cristo como seu Senhor e Salvador, Alex! Espero que minhas breves respostas a seguir lhe sejam de alguma ajuda nesse processo.

1. É verdade que Maomé leu o Evangelho de Jesus da Bíblia e distorceu/perverteu para seu próprio benefício? Não. É muito pouco provável que Maomé teve um conhecimento de primeira mão da Bíblia. Ele provavelmente tinha apenas uma ideia de segunda mão de seus conteúdos, através de interações com judeus e cristãos que conheceu. Isso explicaria os equívocos evidentes de doutrinas cristãs no Alcorão. Por exemplo, Maomé provavelmente ouviu os cristãos confessarem que Maria é "Mãe de Deus". Agora, o sentido em que eles queriam dizer aquelas palavras era confessar que Jesus, que nasceu de Maria, não era apenas homem, mas também Deus. Era uma forma de afirmar a divindade de Cristo. Mas, aos ouvidos de Maomé, soou como se os cristãos estivessem fazendo a reivindicação blasfema de que a Trindade era composta de Deus, o Pai, sua esposa Maria, e sua prole Jesus. Corretamente ofendido por esse ponto de vista, Maomé (assumindo sua autoria do Alcorão) escreveu:

Então, Deus vai dizer: 'Jesus, filho de Maria, você já disse para a humanidade: adore-me e minha mãe como deuses além de Deus?'

"Glória seja a Ti", ele responderá: 'Eu nunca poderia ter declarado o que eu não tenho direito de declarar"(A Tabela 5:114-17). [Tradução livre]

Ninguém com um conhecimento de primeira mão do Novo Testamento poderia ter interpretado mal o ensino cristão de tal forma. Também não podemos dizer que Maomé distorceu deliberadamente esse ensinamento para seu próprio benefício. Isso parece desnecessariamente antipático. Eu suspeito que este foi um verdadeiro mal-entendido da parte dele.

2. O Islã tem uma realidade experiencial e, em caso afirmativo, qual é a melhor explicação para isso? Certamente algumas tradições dentro do Islã, como o sufismo, têm um componente experiencial forte. Sufis enfatizam a experiência mística de Deus. Em contrapartida, alguns muçulmanos pensam que Deus é tão ímpar, tão transcendente, de modo totalmente além, que não temos experiência de Deus. A religião é reduzida essencialmente a guardar a lei. À medida que os muçulmanos têm experiência religiosa de, por exemplo, a grandeza de Deus ou a Sua santidade ou Sua majestade soberana, não há razão para negar a veracidade de tais experiências. Mas, do ponto de vista cristão, estas ficam aquém da experiência da graça salvadora de Deus. Esta é encontrada em Cristo.

3. Se eu me tornasse um cristão e pedisse a Deus sinceramente para revelar Jesus para mim de uma forma sobrenatural, isso iria acontecer? Ouvem-se histórias notáveis atualmente de muçulmanos que têm tido visões ou sonhos em que Jesus revela-se a eles. Mas seria presunçoso prometer a qualquer um tal experiência. Isso é um presente de Deus, para dar a quem Ele escolhe. É de Sua iniciativa e discrição. Nós não temos nenhum direito a tais experiências. Enquanto tal experiência seria, sem dúvida, emocionante, eu adverti-lo-ia a não permitir que uma experiência religiosa torne-se, com efeito, um ídolo que suplanta o próprio Deus. Devemos amar e desejar a Deus, não alguma experiência de Deus. A pessoa que quer uma experiência de Deus, mais do que ele quer o próprio Deus, é culpado de prioridades equivocadas. Você deve colocar a sua fé em Cristo, porque o cristianismo é a verdade, e se Deus quiser revelar Jesus para você de uma forma sobrenatural, tanto melhor!